Os gestores que desejam conquistar um público mais amplo e maximizar seu faturamento devem conhecer os tipos de e-commerce. Ainda mais agora no contexto de pandemia e isolamento, o modelo de negócio têm sido essencial para a sustentabilidade e surgimento de novos negócios.
Um dos setores que vêm crescendo no Brasil e no mundo, de acordo com os dados coletados pela ABCOMM, os e-commerces se expandiram aceleradamente nos últimos anos — 15% em 2018 e 23% em 2019. Até este momento de 2020, esse mercado já aumentou 48,3%, em razão da quarentena, conforme o sindicato dos empresários do comércio.
Para que você faça parte dessa expansão e garanta sucesso ao seu negócio, trazemos este conteúdo que esclarece as especificidades sobre o funcionamento das lojas virtuais e quais são os seus tipos.
Como funciona o e-commerce?
Do ponto de vista do comprador, o funcionamento é simples: ele acessa o portal oficial da loja, navega pelo site buscando pelos produtos de seu interesse, adiciona-os ao carrinho, faz o pagamento e os recebe em sua residência.
A empresa, porém, passa por diversas outras etapas para garantir o desenvolvimento do negócio, destacar-se no mercado e melhorar a experiência de compra. Entre as atividades realizadas pela organização, estão:
- planejamento e implantação: envolve a elaboração de um plano de negócios, criação do portal e digitalização do estoque;
- gerenciamento: engloba o controle do estoque e gestão de fornecedores. Deve-se fazer uma gestão precisa do armazenamento, para evitar rupturas do estoque ou excesso de mercadorias;
- atendimento: diz respeito aos canais de comunicação entre a marca e o cliente, como SAC, telefone, redes sociais, e-mail, chatbot e mensageria;
- logística: a gestão dessa área é uma das atividades mais complexas e importantes para o sucesso do negócio, sendo crucial o uso de tecnologias especializadas para automatizar etapas e otimizar a visibilidade e gestão da operação;
- pós-venda: consiste em fornecer um atendimento de qualidade após a venda, o que aumenta a fidelização dos clientes e aumento nos índices de recompra da sua loja.
Quais são os tipos de e-commerce?
Há diferentes tipos de e-commerce, dependendo do perfil do público que compra ou vende os produtos e como ele se organiza. Veja:
Business to business (B2B)
Business, do inglês, significa “negócios”. Portanto, o comércio B2B se dá entre pessoas jurídicas. Normalmente, as operações são ordens com grande volume de itens, podendo ser exigido um valor ou quantidade mínima de mercadorias por parte dos vendedores.
Um exemplo é um distribuidor ou varejo online cujo público-alvo são outras empresas, o que não significa que ele negocia exclusivamente com pessoas jurídicas.
Nesse tipo de relação, há uma exigência maior quanto a cumprimento dos prazos e valor do frete, o que torna importante ter uma boa capacidade de estoque, bem como um setor logístico ágil e com grande parte de suas atividades automatizada.
Business to consumer (B2C)
Consumer significa “consumidor”. Assim, as vendas B2C são feitas de uma empresa para uma pessoa física. Empresas desse tipo precisam ter alguns cuidados básicos para garantir sua competitividade, como:
- colocar uma descrição precisa e completa dos produtos;
- disponibilizar diferentes meios de pagamento;
- estruturar o site de forma que sua visualização e navegação sejam agradáveis ao consumidor;
- implementar sistemas de segurança, principalmente um certificado SSL, já que os navegadores dos clientes emitem um alerta de perigo se ele não estiver ativo.
Há outras táticas que podem ser usadas para que um e-commerce se destaque no mercado, como a criação de um bom plano de marketing, garantir um atendimento de excelência e fazer promoções atrativas.
Você pode usar a tecnologia para melhorar a logística e garantir que as entregas sejam rápidas e com baixos índices de atrasos e avarias. Um bom sistema também poderá reduzir os custos desse setor e do frete, o que permite que você possa oferecer preços mais competitivos.
Consumer to business (C2B)
No C2B, os consumidores vendem produtos para negócios. Os clientes podem listar bens em uma plataforma ou responder a ofertas de compra publicadas pelas empresas.
Um exemplo desse tipo são as lojas que adquirem produtos usados ou com defeito de pessoas físicas com o objetivo de consertá-los e revendê-los posteriormente. O envio dos itens pode ser por meio dos Correios (o cliente deposita). Outra possibilidade é que a empresa envie uma transportadora para buscar o objeto no endereço determinado.
Outro exemplo são os bancos de imagens. Fotógrafos podem enviar vídeos ou fotos para uma plataforma, e os arquivos ficam disponíveis para que as empresas adquiram seus direitos e os utilizem em seus materiais gráficos ou para a web.
Consumer to consumer (C2C)
Essas são plataformas em que pessoas físicas vendem bens para outras. O site tem a função de divulgar os produtos e intermediar as transações. Geralmente, com a cobrança de uma taxa pelo serviço. Exemplos desse modelo de e-commerce são Mercado Livre, OLX e eBay.
Business to administration (B2A)
Também conhecido como B2G (Business to government), B2A pode ser traduzido literalmente como “de negócios para administração”. Neste modelo, o e-commerce vende bens ou presta serviços para uma entidade da administração pública.
No Brasil, é necessário que as empresas estejam atentas à publicação dos editais de licitação pública e sigam suas disposições.
Marketplaces
Marketplace é um espaço em que diferentes sellers vendem suas mercadorias. Os lojistas devem se cadastrar na plataforma e pagar uma taxa estabelecida pelos administradores do ambiente.
A vantagem desse tipo de e-commerce é que o vendedor não precisa se preocupar com a estrutura do site e divulgação, já que isso é de responsabilidade da organização que gerencia o marketplace.
Por que considerar iniciar um e-commerce?
Mesmo que uma loja opere no varejo offline, criar um e-commerce traz grandes vantagens para seu negócio:
- investimento inicial baixo: os custos são reduzidos de forma geral;
- facilidade de implementação: é mais fácil estruturar um site, já que há muitas plataformas personalizáveis disponíveis no mercado;
- funcionamento em tempo integral: os clientes podem acessar o portal e adquirir os produtos a qualquer hora;
- segurança mais econômica: sistemas de proteção do site normalmente são mais baratos que os sistemas de segurança para estabelecimentos comerciais físicos;
- melhor acompanhamento dos resultados: todo o comportamento dos usuários é monitorado por meio de um sistema de gestão e indicadores de desempenho.
A loja virtual também permite que os consumidores tenham mais opções de compra. Eles podem verificar o produto na loja virtual e adquiri-lo pelo site, por exemplo. Nessa hipótese, também é importante entender e implementar o conceito do omnichannel, que unifica a experiência do consumidor nos ambientes online e offline.
Com tantos tipos de e-commerce, há várias possibilidades dentro do setor. É fundamental garantir uma boa experiência ao cliente e ampliar o seu controle sobre a cadeia logística. Com a aceleração do desenvolvimento do e-commerce, o modelo se reafirma cada vez mais como uma oportunidade para os varejistas se manterem no mercado.
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