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Transporte de alimentos: principais cuidados no foodservice

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Apesar de ser um frete considerado um tema delicado nas operações, o transporte de alimentos é uma alternativa interessante para transportadores que buscam mais oportunidades de trabalho, principalmente pela facilidade de escoamento pelas rodovias. 

Aproximadamente 65% do transporte de cargas no país passa por rodovias, segundo o Relatório Executivo do Plano Nacional de Logística 2025. Ou seja, a economia brasileira, no geral, está diretamente ligada ao transporte rodoviário. 

Porém, realizar o transporte de alimentos é uma tarefa que requer cuidados especiais para garantir a integridade dos produtos. 

Desde o armazenamento adequado até o veículo correto para transporte, as escolhas são importantes. Muitas empresas se especializam nesta categoria de transporte, já que os veículos utilizados não podem realizar o transporte de outros materiais, principalmente tóxicos. 

Além de todos os cuidados com a higiene dos veículos e dos produtos transportados, o transporte de alimentos exige um transporte rápido e eficiente. Por isso, a empresa deve contar com serviços tecnológicos que auxiliam em todo o processo de entrega, otimizam a frota e separam as cargas para os veículos adequados. 

A seguir, vamos conhecer um pouco mais sobre as boas práticas no transporte de alimentos e os principais cuidados na hora de realizá-lo, desde a fiscalização até o veículo adequado. 

Boas práticas no transporte de alimentos

As boas práticas no transporte de alimentos começam logo após o seu preparo. Nos cuidados na escolha da embalagem correta, que impede o vazamento dos alimentos, contato com umidade ou outros fatores que podem causar estragos. 

É importante frisar que não é permitido:

  • Transporte de matéria-prima ou alimentos crus junto de alimentos prontos para o consumo, caso exista risco de contaminação.
  • Transportar cargas perecíveis junto com outros alimentos, pessoas e animais.
  • Transportar dois ou mais produtos caso algum deles ofereça risco de contaminação.

Fiscalização e legislação de transporte de alimentos

Quem fiscaliza o transporte de alimentos no Brasil é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. O objetivo é a criação de normas, regras e soluções para a padronização, segurança e eficiência do transporte de alimentos no país.

A ANVISA possui portarias que regulamentam o transporte de alimentos. A Portaria SVS/MS n° 326/1997 é a principal. Ela contém as condições para boas práticas de higiene, manipulação, desinfecção e conservação dos alimentos durante o transporte, de forma que não comprometa sua validade e que impeça qualquer possibilidade de contaminação. 

O controle da ANVISA vai além dos produtos industrializados. A fiscalização também passa pelos alimentos in natura, que ainda contam com a supervisão do Ministério da Agricultura. Mas, cada estado e município brasileiro pode apresentar órgãos e normas complementares (nunca mais importantes que as estabelecidas pela ANVISA).  

5 cuidados no transporte de alimentos

Uma das principais causas de desperdício de alimentos está relacionada às dificuldades de distribuição, seja pela má conservação ou falta de embalagens corretas para armazenamento. Para que o transporte seja realizado de forma segura e os alimentos sejam devidamente entregues ao consumidor, é importante tomar alguns cuidados básicos. Acompanhe.  

Validade dos produtos

Transportar produtos vencidos é ilegal e pode resultar em grandes problemas ao transportador. 

É importante conferir as datas em busca de uma margem de segurança, visto que imprevistos acontecem e podem comprometer o prazo de entrega. Em casos em que os produtos transportados estão com a data de validade próxima, é recomendado buscar outras opções de transporte mais rápidas, como as aéreas.

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Cuidados com a temperatura ideal

Quando se trata de produtos alimentícios, muitos exigem cuidados e manutenção de uma temperatura certa para o transporte. Como é o caso de laticínios e derivados, frutos do mar em geral, derivados de carnes, peixes, aves e demais alimentos congelados. 

As temperaturas variam conforme as especificações da carga, confira:

  • Cargas congeladas: a temperatura ideal é igual ou menor que -18°C.
  • Cargas frias: a temperatura é maior, entre -3° e 16°C.
  • Hortifrútis frescos: a temperatura varia entre 7° a 10°C.

Veículo transportador de alimentos 

Além da validade e da temperatura certa, o transporte de alimentos deve ser realizado em um veículo compatível com as características do produto. Vale ressaltar aqui a importância da cabine do motorista estar isolada do compartimento de carga, para evitar contaminação. 

Segundo a Portaria CVS 5 – 2003, um veículo transportador de alimento é aquele que realiza o transporte de ingredientes, matérias-primas, embalagens alimentícias, de alimentos industrializados ou manipulados, prontos ou não para o consumo.

Na Seção VII, sobre transporte de alimentos, é apresentada as características técnicas dos veículos transportadores de alimentos:

I – ao tipo de compartimento de carga, cujo revestimento interno deve ser liso, impermeável, atóxico e resistente aos procedimentos de higienização, para transportar alimentos manipulados prontos ou não para o consumo.

II – ao tipo de controle térmico existente no compartimento de carga, conforme o tipo de produto alimentício transportado.

Documentos em dia

Além da documentação do veículo e do motorista, é importante que o encarregado tenha em mãos os documentos necessários referente à carga que está sendo transportada. Os documentos variam conforme o estado em que está transitando e o tipo de carga. 

Embarque e desembarque

Infelizmente, é comum danos à carga ocorrerem durante o processo de carregamento ou descarga da carga. Para evitar estes incidentes, ainda mais com cargas de alimentos, é recomendado criar alguns procedimentos nessa etapa do transporte. 

Adotar treinamentos periódicos para instruir a equipe e tornar os processos mais seguros é uma forma de evitar os principais riscos a carga, como a contaminação, e aos quais a equipe está sujeita, além de reduzir o índice de acidentes na operação, tanto no armazém quanto no momento de carga e descarga.

O fornecimento de equipamentos de segurança é obrigatório para as empresas, como luvas, capacetes, calçados de segurança, entre outros necessários. A quantidade e tipo de equipamento varia conforme a atividade que está sendo exercida, no caso do transporte de alimentos, o uso de luvas para evitar a contaminação é o principal. 

Outro ponto importante é o empilhamento correto dos alimentos ao carregar o veículo, para garantir mais resistência aos movimentos do transporte e evitar o tombamento. Por fim, evitar abrir o compartimento da carga sem necessidade, para manter a temperatura interior ideal e os alimentos permanecerem frescos. 

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Utilize tecnologias para entregar com qualidade

A roteirização tornou-se aliada das empresas que buscam entregar com agilidade. Por contar com geolocalização e, em alguns casos, inteligência artificial, as rotas são traçadas com mais economia e em menos tempo. 

A separação das cargas conforme característica dos veículos selecionados, e da carga, é a ideal na hora de transportar alimentos em grande quantidade, sem riscos de estragar os produtos em veículos não adaptados e de distribuir os itens de forma equivocada. 

Existem tecnologias que podem ajudar na separação e automatização do processo, tornando-o mais rápido e contribuindo para que a equipe precise apenas carregar o veículo de acordo com o que já foi determinado pelo sistema.

A comprovação das entregas pode ser realizada através do canhoto digital, no próprio celular do motorista. Essa solução elimina o papel na hora de comprovar as entregas, otimiza o processo (visto que é enviado em tempo real ao transportador a confirmação) e reduz gastos nas entregas.

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