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Veículos autônomos: como podem transformar a entrega na última milha?

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veículos autônomos de entrega

Das operações logísticas às vendas de um e-commerce, a automação tem sido em boa parte responsável pelas grandes transformações nesses setores. Não somente a cotação de frete, como também a automatização da gestão dos pedidos e de todas as informações geradas durante o processo são alguns dos exemplos disruptivos que têm gerado alto impacto nas operações no varejo brasileiro.

Porém, neste post vamos falar sobre uma grande aposta em automação para a logística da última milha: os veículos autônomos para a realização de entregas sem motorista, e lançaremos um olhar atento sobre o cenário e as possibilidades do mercado de entregas autônomas.

Como funcionam os robôs de entregas autônomas?

Os robôs autônomos são veículos motorizados, geralmente movidos à eletricidade, capazes de realizar entregas em um determinado raio a partir do ponto de origem, sem que seja necessária a participação de um profissional de entregas.

A partir de sensores e uma tecnologia para navegação inteligente, esses veículos autônomos podem percorrer territórios e realizar viagens sem motoristas. Um veículo autônomo pode ser categorizado por níveis de automatização, como descrevemos a seguir.

Tipos de veículos autônomos por níveis de automação

Em geral, o que irá definir o nível de automação dos veículos será o grau de necessidade de intervenções humanas. Veja:

  • Nível 0: o carro comum que conhecemos, apenas com os controles comuns que auxiliam no controle de velocidade, evitando multas em trajetos de longas distâncias.
  • Nível 1: aqui o veículo já conta com apoio de piloto automático com assistência de faixa de rodagem, com recursos de câmeras e radares para manter uma distância segura entre o veículo de entrega e os outros veículos em trânsito, por meio de sistemas de frenagem e aceleração automáticos. Ideal para os casos de fadiga dos motoristas. Esse nível de automação já está disponível em boa parte dos carros produzidos.
  • Nível 2: neste ponto, já existe uma tecnologia de controle de velocidade e direção com automação parcial. O Tesla Autopilot e o Audi Traffic Jam Assist são alguns exemplos de modelos.
  • Nível 3: é neste momento que as coisas começam a ficar mais disruptivas. Neste nível de automação, os veículos já são capazes de dirigir sozinhos, porém, com algumas limitações relacionadas às condições dos trajetos. Mesmo assim, faz-se necessária a presença de um motorista, para quando as rodovias apresentarem condições abaixo do ideal.
  • Nível 4: aqui já é presente uma alta automação. São veículos que já podem dirigir sem interações humanas (fora o “start” no destino). Já existem testes realizados com veículos autônomos nesse nível. É bem provável que após passarmos por um processo de regulamentação seja possível ver mais comumente esse tipo de veículo autônomo rodando pelas ruas e estradas.
  • Nível 5: agora com operação 100% sem motoristas, veículos neste grau de automação já podem manobrar e trafegar em todas as condições de estrada, sem necessidade alguma de  intervenção humana. Aqui já há a ausência de volante e pedais.

Apesar de ser algo que já é possível, ainda estamos bem longe de termos veículos com automação nível 5 rodando, pois ainda há um longo caminho jurídico e regulatório para que isso esteja mais próximo da nossa realidade.

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As entregas sem motorista e o futuro do e-commerce

O desenvolvimento contínuo do e-commerce vem em conjunto com as transformações das expectativas e demandas dos consumidores. A entrega no mesmo dia já é uma realidade para alguns e-commerces, o que a médio prazo pode tornar-se um grande diferencial competitivo. 

Já no caso das entregas realizadas com veículos autônomos, quando pensamos no perfil mais pulverizado e de menor volume, como é o caso de grande parte dos pedidos realizados no e-commerce, os robôs de entrega autônoma de calçada são apostas com grande potencial disruptivo no Brasil. São veículos que se locomovem apenas em caminhos percorridos por pedestres, o que faz deles uma aposta interessante em locais de grandes circulações e pequenas e médias distâncias. No entanto, existe o empecilho do mau funcionamento relacionado às condições climáticas, o que pode limitar a adoção dessa tecnologia em locais com condições ambientais mais extremas, interferindo no funcionamento dos sensores que percebem o ambiente e até na tração desses veículos autônomos. Já é previsto que o e-commerce e a logística são setores que podem se beneficiar com a adoção desse tipo de transporte.

O cenário atual do mercado de veículos autônomos

Em linhas gerais, o avanço no desenvolvimento das entregas sem motorista emerge no contexto de duas questões relacionadas: o crescimento do comércio eletrônico e a escassez de mão de obra de caminhões em alguns lugares do mundo.

Um relatório de 2021, elaborado pela Verified Market Research, estimou que o mercado global de entregas autônomas deve atingir US$ 237 milhões até 2027. Assim, como o setor de e-commerce, que obteve um salto na participação do mercado global de 2019 a 2021, representando de 13,6% para 19,5%, respectivamente, segundo uma análise da McKinsey.

Mesmo assim, há o desafio de equilibrar o problema da falta de mão de obra para suprir essa nova demanda de entregas dos consumidores online. Somente os Estados Unidos apresentam uma falta estimada de 80.000 motoristas. Outras estimativas sugerem que haverá um déficit de 400.000 motoristas de caminhão em toda a Europa (100.000 apenas no Reino Unido). Na Ásia e na Austrália, há uma escassez de motoristas qualificados para operar veículos de mercadorias pesadas.

Não sabemos se essa escassez irá se manter, mas também não é à toa que estamos presenciando uma aceleração na digitalização das operações, reflexo da busca por melhorias e maior resiliência na cadeia de suprimentos. Neste momento, as grandes empresas estão fazendo um esforço para investir em tecnologias que priorizem a automação dos processos, e será por meio de tecnologias inteligentes que esse desafio será superado.

Como você pôde ler até aqui, é pouco provável que operações com veículos autônomos apareçam pelo Brasil em um curto espaço de tempo. Porém, dado o tamanho do mercado, temos a certeza de que, mais uma vez, a contribuição da tecnologia será fundamental para impulsionar as operações logísticas no país.

Caso tenha interesse em saber como a tecnologia da Intelipost pode transformar o dia a dia da sua operação logística, leia esse outro post e entenda melhor as oportunidades e economia que a automatização dos processos logísticos pode gerar para o seu negócio.

 

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